Cristã conta experiência como cativa do Boko Haram na Nigéria

A mulher de 35 anos foi sequestrada junto com o marido e os sete filhos e viveu dois anos como refém na floresta de Sambisa

Portas Abertas • 9 mar 2021


Hannatu Ezra foi sequestrada pelos jihadistas junto com os familiares na Nigéria

Hannatu Ezra foi sequestrada pelos jihadistas junto com os familiares na Nigéria

Além de assassinar os homens cristãos na Nigéria, os extremistas do Boko Haram desestabilizam as comunidades cristãs por meio do sequestro de mulheres e meninas. Elas costumam ser agredidas física e sexualmente e são forçadas a se converter ao islã e se casar com os radicais.

Hannatu Ezra foi sequestrada junto com os familiares e todos desapareceram na floresta de Sambisa, local de abrigo dos jihadistas. A cristã de 35 anos morava com o marido e os sete filhos quando o Boko Haram invadiu a vila perto de Maiduguri, capital do estado de Borno.

“Quando morávamos em Maiduguri, costumávamos cultivar e obter muitos produtos. Meus filhos frequentavam a escola. Eu era comprometida com o ministério de mulheres. Era um membro e diretora do coral”, conta a cristã. Mas em 2017, após irem à igreja, ouviram notícias que os radicais estavam matando pessoas na região onde moravam.

“Eles atacaram e incendiaram nossa igreja. Eles amarraram o segurança e o empurraram para o fogo. Tudo aconteceu em plena luz do dia”, testemunha Hannatu. No dia seguinte, a cristã, o esposo e os filhos pegaram um ônibus para fugir da perseguição.

Mas houve um tiroteio e o veículo parou. Foi quando a nigeriana percebeu que a filha de 15 anos e o bebê recém-nascido foram baleados. Os jihadistas reuniram as pessoas que ainda estavam vivas e as levaram para a floresta de Sambisa. “Eles disseram que se não renunciássemos a Cristo, não cuidariam de nós. Tínhamos que ficar longe deles. Porque sempre diziam que éramos nojentos”, relembra.

De acordo com a cristã, os reféns também não recebiam alimentação, mesmo quando as crianças imploravam. Por isso, alguns chegaram a comer grama e essa situação precária durou dois anos. Hannatu lembra-se que comeram porções suficientes no máximo três vezes.

Quando estava cativa, a cristã se perguntava se alguém tinha conhecimento do que estava acontecendo com ela e com os familiares. Mas diante dessas dúvidas, a única coisa que pôde fazer foi confiar no favor de Deus. Então, ela se apegou à palavra de Jesus em João 10.29 que diz: “Meu Pai, que as [ovelhas] deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai”. (Essa história continua).

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