Nigéria, o país mais populoso da África, mas também um país condenado a caminhar entre o progresso trazido pelo petróleo e o pesadelo da guerra civil.
Alguns meses atrás, tentou-se organizar, entre holofotes e mídia internacional, o concurso de Miss Universo que ocasionou mais um episódio de guerrilha civil que, há anos, acontece no país. As candidatas à mais bela mulher fugiram, mas deixaram atrás mais de duzentos mortos, entre os quais um sacerdote nativo, 1,5 mil feridos e mais de dez mil prófugos, que debandaram para o sul, após terem suas casas e seus bens destruídos e queimados. O clima continua tenso aqui e acolá, sem que a mídia internacional dê notícia dos fatos, como se tudo fosse corriqueiro nesses países divididos entre islã, cristianismo e animismo. O show de beleza programado em Abuja foi somente a faísca que alimentou uma fogueira que nunca se apaga.
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