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Seguir a Jesus na Líbia é um risco enorme para qualquer um. Cristãos de origem muçulmana enfrentam pressão da família e comunidade para renunciar à nova fé. Os seguidores de Jesus estrangeiros, especialmente aqueles da África Subsaariana, são alvos de grupos criminosos e de extremistas islâmicos. Esses grupos sequestram e, às vezes, matam cristãos brutalmente. Mesmo que evitem tal destino, os cristãos subsaarianos enfrentam assédio e ameaças de muçulmanos radicais.
Pessoas que expressam abertamente sua fé cristã ou tentam compartilhá-la com outros correm o risco de prisão e oposição violenta. A falta de um governo central para impor a lei e a ordem torna a situação ainda mais precária.
Tio de Romany, que foi morto na Líbia por amor a Jesus
Cristãos e cristãs na Líbia enfrentam tipos semelhantes de perseguição, mas geralmente é mais severa contra mulheres. As mulheres líbias vivem sob controle familiar estrito, e a pressão doméstica sobre cristãs de origem muçulmana é mais intensa.
As mulheres geralmente ocupam uma posição inferior na casa devido às normas tribais e à sharia (conjunto de leis islâmicas). Qualquer mulher suspeita de estar interessada no cristianismo pode ser colocada em prisão domiciliar, ou correr o risco de agressão sexual, casamento forçado ou até mesmo assassinato por “honra”.
A cultura de honra na Líbia exige altos padrões de modéstia de mulheres e meninas: qualquer um que não cumpra essas normas é motivo de vergonha para a família. Cristãs que sofrem violência sexual devido à fé enfrentam barreiras no acesso à justiça, incluindo a relutância da polícia e do judiciário em agir e da família em testemunhar sobre as agressões. Isso é agravado pela legislação inadequada sobre assédio sexual e violência doméstica.
As cristãs subsaarianas que cruzam a Líbia para chegar à Europa estão sujeitas a tráfico humano, sequestro e escravidão sexual em centros de detenção de migrantes.
Na Líbia, os homens enfrentam violência física severa, especialmente se a fé cristã for descoberta. Eles também suportam intensa pressão para se converterem ao islamismo, incluindo o “hajj forçado” – uma prática também encontrada em outras partes do Norte da África – que atua como um teste de lealdade. Espera-se que a peregrinação à Meca leve à conversão.
Cristãos perdem seus empregos, enfrentam abusos e podem ser expulsos de casa. Como provedores, perder a capacidade de sustentar a família causa profundo sofrimento psicológico. Os riscos de formar grupos de comunhão cristã são muito altos, tornando a prática quase impossível, a menos que famílias inteiras se convertam.
Trabalho forçado e escravidão são comuns para homens subsaarianos, incluindo cristãos que migram para a Líbia. Homens jovens viajando sozinhos são frequentemente sequestrados para trabalho pesado ou resgate, deixando a família em sofrimento emocional e financeiro sem seu apoio.
A Portas Abertas trabalha com parceiros e igrejas no Norte da África para prover treinamento de liderança, discipulado, recursos para meios de subsistência, Bíblias e cuidado pastoral.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Líbia são: opressão islâmica, opressão do clã, corrupção e crime organizado.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Líbia são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, parentes, grupos paramilitares, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, redes criminosas.