Chade

Posição no ranking:

56

Chade
  • Tipo de Perseguição Opressão islâmica, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado, opressão do clã
  • Pontuação na pesquisa
    61
  • ReligiãoIslamismo
  • CapitalN’Djamena
  • População16,7 MILHÕES
  • População cristã5,8 MILHÕES

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*Informações referentes à Lista Mundial da Perseguição 2023. Em breve este perfil será atualizado.

Como é a perseguição aos cristãos no Chade? 

Um convertido do islamismo para o cristianismo pode precisar esconder a conversão para evitar reações hostis e violentas de familiares e parentes. Atos privados de adoração e devoção têm que ser feitos secretamente. Em partes do país dominadas por muçulmanos, grupos muçulmanos podem, às vezes, perturbar celebrações de casamentos cristãos. Para cristãos de origem muçulmana, é difícil criar os filhos de acordo com a fé cristã porque os filhos sofrerão bullying e a conversão dos pais será exposta. Cristãos, principalmente de origem muçulmana, também enfrentam hostilidade e discriminação em campos de deslocados internos. Em Fada e Mourtcha, há casos relatados de cristãos de origem muçulmana forçados a abrir mão da fé cristã para evitar privação de alimento e a recusa do pagamento das taxas escolares. 

A Constituição estipula a separação de religião e Estado e garante liberdade de religião e igualdade perante a lei sem distinção de religião. Entretanto, a nível de governo local, houve casos em que as autoridades se recusaram a reconhecer a conversão de muçulmanos para o cristianismo. Há uma lei obrigatória de registro de igrejas no Chade com a possibilidade de prisão por falta de registro. Entretanto, devido ao risco para os convertidos, cristãos de origem muçulmana não arriscam pedir o registro de seus grupos.  

“Meu pai me perguntou qual era o problema. Eu confessei que tinha me tornado cristã e que não seguia mais ao islamismo. Eu fui considerada a pior coisa que já aconteceu à família. Eles tentaram tudo para me convencer a voltar para o islamismo.”

ACHIAM (PSEUDÔNIMO), CRISTÃ EX-MUÇULMANA NO CHADE

Como as mulheres são perseguidas no Chade? 

Mulheres são submissas aos homens na sociedade chadiana. Refletindo essas normas, o Chade permanece um dos únicos três países no mundo onde mulheres casadas precisam de uma permissão do marido para abrir uma conta no banco. Com esse contexto predominantemente patriarcal e islâmico, mulheres cristãs são vulneráveis tanto pela religião quanto pelo gênero. 

Mulheres cristãs no Chade enfrentam pressão e violência por causa da fé. Mulheres cristãs também são vulneráveis à violência sexual nas mãos de militantes islâmicos. Um especialista no país explicou: “Há relatos de mulheres cristãs sequestradas e forçadas a se casar em várias partes da nação onde a milícia do Boko Haram tem causado estragos [...] particularmente em áreas rurais e em campos de deslocados internos”. 

Mulheres e meninas que foram violentadas sexualmente e engravidaram, geralmente, enfrentam contínuo sofrimento psicológico e de baixa autoestima. Vítimas traumatizadas de violência sexual muitas vezes veem os filhos como um lembrete perpétuo do crime cometido contra elas. Fontes locais relatam que a sociedade em geral também não é sensível ao sofrimento delas, vendo-as como maculadas. De maneira mais geral, violência sexual ou baseada em gênero tem se agravado pelo movimento forçado da população no país, incluindo a piora da situação socioeconômica e diminuição do apoio humanitário. 

Cristãs de origem muçulmana enfrentam forte pressão da família e comunidade local com o objetivo de fazê-las voltar atrás. A prática do casamento forçado está espalhada por todo Chade, principalmente nas áreas rurais (67% são casadas aos 18). Pais de convertidas podem casá-las à força com um muçulmano, com o objetivo de reintegrá-las ao islamismo. De acordo com um especialista do país, meninas que recusam esses casamentos podem enfrentar sérias repercussões, incluindo violência de seus pais e outros membros da família e comunidade.   

Se já são casadas ao se converterem, os maridos das mulheres convertidas são muitas vezes pressionados por suas famílias e pela sociedade a se divorciarem delas e negarem a elas o acesso aos filhos, para punirem a “infiel” e pressioná-las a desistirem da fé cristã. Refletindo as ramificações de tal pressão e violência aos convertidos, uma fonte interna explicou que “devido às vulnerabilidades que resultam de mulheres sendo privadas de necessidades básicas por causa de sua conversão, algumas dessas mulheres recorrem à prostituição e outras práticas prejudiciais à sobrevivência. Lares são interrompidos e há falta de cuidado maternal como resultado de mães divorciadas à força ou privadas de contato com os filhos”. 

Meninas e mulheres podem também encontrar dificuldade em ter acesso à comunidade cristã ou participar de cultos na igreja, pois podem ser facilmente sujeitas a prisão domiciliar por suas famílias.  Alguns pais as proibirão de formas indiretas, as sobrecarregando de tarefas para impedi-las de sair de casa. Meninas e mulheres também podem enfrentar agressões físicas ou perda de herança.  

Como os homens são perseguidos no Chade? 

Homens e meninos cristãos no Chade são mais vulneráveis à perseguição de grupos militantes islâmicos, como o Boko Haram. Alguns têm relatado serem sequestrados, forçados a se converter ao islamismo e recrutados à força para as fileiras de grupos jihadistas para servirem como combatentes. Meninos e homens, principalmente no Leste do Chade, são forçados a organizar grupos de autodefesa, se armando basicamente com lanças, facas e flechas com pontas envenenadas, com objetivo de desencorajar e se defender contra ataques da milícia na ausência de qualquer exército substancial ou presença de polícia provida pelo governo chadiano. Meninos também são induzidos a dormir em campos abertos e cuidar de animais para que eles não sejam roubados por milícias armadas. 

Rituais de iniciação nas regiões do Sul do país também são motivo de preocupação. Esses ritos de iniciação geralmente ocorrem a cada sete anos e alegadamente incluem flagelação, humilhações sexuais, uso de drogas, queimaduras com carvão e simulação de enterros. Se não fugirem, cristãos serão forçados a participar, filhos de pastores são os alvos principais. Pastores que falam contra os perigos desses rituais historicamente enfrentam represálias. Em um caso em 2018, cristãos pertencentes a uma igreja que falaram contra os rituais foram despidos, chicoteados e mantidos na floresta até pagarem multas. Após voltarem, esses homens lutaram para cuidar da família devido ao trauma físico e mental. Para prevenir a desintegração familiar, homens precisam de apoio e treinamento para se reintegrarem à comunidade cristã. Em áreas como Bitkin, pastores são alvo de abuso verbal e outras formas mais severas de hostilidade. 

Além disso, meninos e homens também enfrentam desafios no trabalho, tendo cargos e promoções negadas. Isso é, em partes, devido ao fato de que é exigido que eles façam um juramento público religioso com o objetivo de alcançar cargos em escritórios do governo. Cristãos são, portanto, impedidos de alcançar posições de influência e levados a circunstâncias econômicas mais difíceis. Posições no governo e militares de alta patente são dominadas por muçulmanos, sendo extremamente difícil para cristãos alcançar tais postos. Famílias de meninos e homens cristãos recrutados à força por grupos radicais provavelmente também enfrentarão estresse financeiro. Geralmente, nas ações dos grupos de milícia armados, homens e meninos que não têm proteção suficiente acabam sendo mortos. Principalmente para famílias cristãs, a perda de um pai ou filho que geralmente é o mantenedor da casa é muito devastador e pode destruir a família e levar outros membros da família a dificuldades econômicas.  

Como posso ajudar os cristãos perseguidos no Chade?  

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a perseguição é extrema e a necessidade é mais urgente.   

[QUERO AJUDAR] 

Quem persegue os cristãos no Chade? 

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Chade são: opressão islâmica, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado e opressão do clã. 

 Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Chade são: grupos religiosos violentos, líderes religiosos não cristãos, parentes, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, redes criminosas e líderes de grupos étnicos. 

Pedidos de oração no Chade 

  • Ore pelos cristãos de origem muçulmana que precisam esconder a conversão para evitar reações hostis e violentas de familiares. 

  • Peça a Deus para que os cristãos tenham liberdade para realizar seus momentos de adoração e devoção, sem precisarem fazer isso secretamente. 

  • Interceda para que os cristãos consigam criar os filhos de acordo com a fé cristã. 

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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